Fake news doutrinária: como Paulo combatia os falsos ensinos


Um dos assuntos mais debatidos nos últimos dias está sendo sobre o impacto que as chamadas fake news podem causar na tomada de decisão das pessoas. Ou seja, se baseamos nossas escolhas no conjunto de informações que recebemos, quão grave pode ser quando essas decisões nascem se apoiando nas falsas notícias divulgadas pela mídia e redes sociais ou na distorção daquilo que é a realidade dos fatos. Por isso, todo cuidado é pouco!

Se as fake news são um grave problema (e sobre isso todos concordamos), o que dizer então quando a maior notícia de todos os tempos também é afrontada? Isso mesmo! Se nos importamos (e com razão) quando um amontoado de "notícias" enganosas tentam lubridiar a nossa confiança em assuntos dessa vida, quanto mais deveria ser o nosso interesse pela veracidade daquilo que é eterno?

O apóstolo Paulo tinha em mente o prejuízo que essas mentiras podiam causar aos crentes. Por isso, em suas cartas, ele se dedica em grande parte a alertar as igrejas contra os perturbadores da fé que espalhavam um evangelho enganoso entre os convertidos. Aos irmãos da Galácia ele escreve com espanto: "Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho, o qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo" (Gl 1.6,7). Contra os que disseminavam a falsa mensagem, ele foi além ao orientar que "ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema" (Gl 1.8).

Uma coisa é certa! Enquanto a igreja de Cristo permanecer na Terra ela sempre enfrentará os inimigos ferrenhos da sua pregação. Homens impiedosos não pouparão o rebanho de Cristo e infiltrarão suas filosofias e palavras vãs que serão um agrado para os que andam segundo esse mundo. Esse foi o alerta do apóstolo aos crentes de Colossos: "Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo" (Cl 2.8), e também aos de Éfeso, "Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por estas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência. Portanto, não sejais seus companheiros" (Ef 5.6,7). Ele fala também daqueles que absorvem qualquer coisa sem o cuidado de confirmar a verdade do que é dito: "virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas" (2Tm 4.3,4).

Qual então será o método para combater a disseminação do falso evangelho? Será possível conduzir tais afrontas aos tribunais humanos? Bom, Paulo apresenta um caminho mais prático e próximo do seu público - "Pregue a Palavra!" - ele diz. O apóstolo está certo de que a pregação da mensagem bíblica em sua essência, o ensino das Escrituras e o discipulado contínuo dos fieis é capaz de equipar os crentes com as verdades eternas do Evangelho: "Pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina" (2Tm 4.2).

Falsas notícias continuarão a enganar os desatentos e despreocupados com a qualidade da informação. No círculo evangélico não é diferente. Falsos mestres com suas falácias envolventes conduzirão a muitos para longe da mensagem da cruz. Como igreja de Cristo, porém, somos chamados ao compromisso de proclamar as verdades das boas-novas da salvação.

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